Hoje falaremos sobre areia de quartzo: sua geologia, distribuição, produção e algumas de suas aplicações. A areia de quartzo é formada pelo degaste e fragmentação de depósitos de quartzo em rocha sofrido durante milhões de anos. Como uma jazida de quartzo em rocha, a composição da areia de quartzo pode apresentar diferentes composições, apresentando diferentes tipos de impurezas, das quais as mais comuns são os minerais ferrosos e argilosos. Seu teor de sílica (o componente principal) também pode variar de 90% até 99,9%, raras vezes ultrapassando este valor. A quantidade de impurezas é importante para determinar qual aplicação mais adequada para a areia encontrada. Geralmente, areias mais puras são usadas em aplicações mais nobres, como fabricação de vidros, cerâmicas e tintas (quando moídas), enquanto que areias menos puras são destinadas a aplicações em construção civil (geralmente como agregado em concreto). Todo o território brasileiro possui uma boa quantidade de depósitos de areia, porém os Estados do sul e sudeste (em especial São Paulo) são os mais atuantes na produção de areias de quartzo industrial. O principal motivo da produção nestes Estados ser maior são as indústrias presentes na região, capazes de consumir quantidades de areia superiores à 3 ou 4 mil toneladas mensais. A proximidade do mercado consumidor aumenta a disponibilidade da areia e reduz os seus custos nesta região. Assim, muitos outros Estados acabam enviando o material bruto ou beneficiado (peneirado e moído) para estas regiões, frente aos custos mais baixos proporcionados pela produção em larga escala. Geralmente a areia de quartzo é extraída e lavada na mina. Essa extração é altamente mecanizada e pode ser feita por processo de via seca ou úmida. Após ser extraída da mina, a areia de quartzo é lavada e passa por um processo de secagem antes de começar a ser beneficiada. Os tipos de beneficiamento são diversos, podendo ser a areia de quartzo apenas peneirada para a adequação de sua granulometria quanto também moída e transformada em pó de quartzo. Em geral, aplica-se a areia bruta, sem peneiramento ou moagem na produção de vidros tradicionais, quando esta tem baixo teor de Fe, e concreto. Quando peneirada, ela pode ser empregue em revestimentos de quartzo, fundição e fabricação de filtros para água....
Leia MaisNo post de hoje falaremos sobre como as cargas minerais para tintas. A primeira coisa que devemos notar é que existem inúmeros tipos de tintas que são classificadas quanto à sua aplicação (tintas industriais, tintas arquitetônicas, tintas automotivas, etc.) ou quanto à sua composição básica (tintas epóxi, tintas acrílicas, etc.). Independente de qual seja a sua composição básica, quase todas as tintas recebem aditivos minerais (cargas minerais) para melhorar suas propriedades. Por serem geralmente inertes, estas cargas minerais conferem uma proteção extra à tinta, aumentando principalmente suas propriedades mecânicas (como a resistência ao risco) e a durabilidade. Tintas industriais contém uma boa quantidade de minerais inertes que aumentam a sua resistência às intempéries, protegendo melhor os componentes que foram pintados. Tintas arquitetônicas também utilizam desta técnica para melhorar sua resistência contra o mofo, sujeiras e fissurações. Exemplos dos benefícios trazidos por estes minerais podem ser observados nas casas das cidades litorâneas, em que uma quantidade maior de inertes (como pó de quartzo) é adicionada para eliminar o mofo e aumentar sua resistência. Essas cargas variam bastante em sua composição. Podem ser desde argilas, como o caulim e a bentonita, até minerais de menor custo, como quartzo em pó e outros silicatos. Esses aditivos devem ter vários parâmetros controlados, sendo o mais importante deles a alvura. Um mineral, quando não bem selecionado, pode apresentar uma colorações amarelada, acinzentada ou avermelhada e, quanto misturado aos pigmentos da tinta, podem provocar um efeito estético indesejado. Quando o mineral possui uma coloração branca ou transparente, dificilmente ele influenciará negativamente na coloração da tinta. Outro aspecto importante é a granulometria da carga mineral. Quanto mais fino for o pó de um aditivo, melhor será sua dispersão na matriz da tinta e melhor será o acabamento superficial da mesma. Entretanto, os custos de um material mais fino também são geralmente maiores. Uma relação ótima para este parâmetro deve ser encontrada de acordo com a aplicação e a matriz da tinta. A BMRC oferece uma linha de quartzo moído para tintas que alia boa alvura com custos baixos. Este material está disponível em diversas granulometrias, desde 200 mesh até 600 mesh. Contate-nos através do e-mail [email protected] para saber...
Leia MaisEm nosso último post, comentamos sobre a utilização do pó de quartzo como aditivo para concreto. Dissemos brevemente que sua utilização tende a melhorar várias propriedades, porém não comentamos sobre o que muda nestas propriedades. Neste post, vamos aprofundar um pouco mais. O que muda quando se usa pó de quartzo? A grande mudança quando usamos pó de quartzo é a redução da porosidade. Se trabalharmos com a adição de um pó de quartzo com tamanho médio de 30 micrometros, substituindo uma fração da areia convencional, podemos reduzir em até 15% a porosidade do concreto. Se ao invés disso, trabalharmos com uma mistura de pós, entre 100 e 10 micrometros, podemos reduzir ainda mais a porosidade, reduzindo em até 30% os espaços vazios. A primeira consequência disso é a proteção à armadura do concreto. Sem os poros, o processo corrosivo que age sobre o aço fica bem menos significativo. Entretanto, este benefício é difícil de se medir, uma vez que a corrosão em concretos é um fenômeno difícil de se ensaiar. A segunda consequência de uma porosidade menor é a melhor distribuição das tensões na microestrutura do concreto, aumentando sua resistência à compressão. Se fizermos aquela substituição apenas com o pó mais fino, podemos elevar a resistência de um concreto feito com cimento CP II sem nenhum aditivo pozolânico (como sílica ativa, por exemplo) em mais de 10%. Quando combinado com o uso de sílica ativa ocorre um efeito sinérgico, elevando a resistência a outros patamares. Um exemplo muito conhecido do uso desta combinação e outros agregados finos é o chamado concreto de pós reativos, com resistências muito maiores do que os concretos convencionais. Outra estratégia para utilizar o pó de quartzo está em substituir parte do cimento por uma fração menor de pó. Quando bem adequada a curva de granulometrias, isso acarreta em uma redução de custo sem perda da qualidade. A redução da razão água/cimento também é um efeito benéfico. Ela pode ser reduzida de 0,5 para até 0,35 com uma dosagem ideal das granulometrias certas de pó de quartzo. Obviamente, a dosagem correta para atingir todos estes benefícios vai depender de concreto para concreto, e alguns testes devem ser realizados para encontra-las. Caso tenham mais interesse...
Leia MaisO desenvolvimento de aditivos para concreto é um assunto que muito interessa às universidades e às indústrias. Tais aditivos para concreto são capazes de mudar uma série de propriedades do concreto, melhorando seu desempenho e reduzindo seu custo de produção. Tais objetivos são alcançados por sua capacidade de reduzir a fração de água utilizada, melhorar a plasticidade e diminuir o tempo de cura. Embora muitas vezes complexos, os aditivos para concreto geralmente usam uma lógica bem simples: reduzir a porosidade do concreto. Sempre quando mistura-se o cimento e os agregados, pequenos poros se formam na mistura. Como o tamanho destes poros é muito reduzido, a água tende a preenchê-los, fazendo com que a relação água/cimento aumente. Quando o cimento seca, estes poros diminuem a resistência do concreto, causando consequências negativas ao produto. Para que isto não ocorra, utilizam-se os aditivos para concreto para preencher estes poros. No entanto, para que o aditivo seja eficaz, ele deve estar dimensionado de maneira que suas partículas preencham estes espaços vazios, impedindo que a água entre e que poros se formem na cura. Parece bem simples, mas existem algumas complicações. Muitas vezes, as partículas dos aditivos para concreto podem reagir com o cimento, fazendo com que rachaduras venham a aparecer com o tempo. Isso inviabiliza o uso de uma série de minerais alternativos de baixo custo como aditivo para concreto. Diante deste cenário, muitas empresas começaram a usar quartzo moído para preencher os poros do concreto. O quartzo é uma sílica cristalina e suas reações com o cimento são bastante lentas. Além disso, uma certa atividade pozolânica também é observada quando partículas de quartzo menores que 20 mícron são usadas no preenchimento dos poros. Essa atividade é benéfica para os aditivos, no sentido que ajuda na agregação dos particulados com o cimento. Por todas estas vantagens e pelo baixo preço do quartzo moído (mais barato que o metacaulim, por exemplo) é que algumas empresas nos procuram para utilizá-lo como aditivo. Ele pode ser moído em diferentes granulometrias, o que faz com que se ajuste mais precisamente a diferentes tipos de concreto, com diferentes fórmulas. Ouvindo a voz do seu cliente, a BMRC desenvolveu uma linha de quartzo especial para utilização em aditivos para...
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