Muitas empresas estrangeiras vêm, nos últimos anos, entrando em contato com empresas brasileiras atrás de quartzo de alta pureza. Neste post vamos falar um pouco sobre o que é o quartzo de alta pureza e quais os seus usos. O que é o quartzo de alta pureza? Geralmente, considera-se um pó ou areia de quartzo como sendo de alta pureza quando este tem sua composição 99,97% ou mais. Isso significa que o total de impurezas presentes em uma amostra não pode ultrapassar 300 ppm. Algumas aplicações em alta tecnologia podem até precisar de pós ainda mais puros, com menos de 30 ppm de impurezas. Para identificar e quantificar estas impurezas, muitas vezes é preciso usar técnicas de análise mais sofisticadas do que as convencionalmente usadas no Brasil (a espectrometria de massa por plasma – ICP-MS – geralmente é preferível que a técnica de fluorescência de raios-X, por exemplo). Onde é usado o quartzo de alta pureza? Muitas indústrias usam este quartzo, mas quase todas ambicionam a manufatura de um tipo de vidro. Esses vidros manufaturados são os chamados “vidros de quartzo”, usados em uma diversidade de aplicações industriais. Eles podem ser usados como lentes ou tubos, pois apresentam uma grande transparência à luz ultra violeta. Os tubos de quartzo também são muito resistentes à variação térmica, fazendo com que sejam usados como vidros de caldeiras ou instrumentos científicos. A indústria de fabricação e silício fotovoltaico também é uma grande consumidora destes vidros. Cada aplicação vai precisar de um quartzo de alta pureza diferente. A indústria que usa os vidros por sua transparência, precisa de uma quantidade muito baixa de Fe e Ti, já a indústria de silício necessita de um vidro com pouco B ou Al. Onde estão as jazidas de quartzo de alta pureza? O Brasil possui muitas dessas jazidas, principalmente no eixo Minas Gerais – Bahia, no supergrupo do Espinhaço. Entretanto uma jazida com quartzo capaz de ser purificado que apresente boa homogeneidade é relativamente rara e sua produção deve ser muito cuidadosa. A BMRC desenvolve algumas jazidas com potencial de produção de quartzo de alta pureza em parceria com seus mineradores. Também desenvolvemos formas de processamento para melhorar a qualidade e homogeneidade do mineral produzido. Caso...
Leia MaisNeste post vamos falar sobre como a composição de um pó de quartzo pode afetar nas suas aplicações. Daremos uma atenção especial para as aplicações na indústria de tintas e na indústria cerâmica. O quartzo, como qualquer outro mineral, apresenta uma variação muito grande na sua composição química, dependendo de sua jazida. Tradicionalmente, as maiores quantidades de impurezas presentes no quartzo são introduzidas por outros minerais agregados a ele. Estes minerais são geralmente argilas, micas e minerais ferrosos. Eles estão presentes tanto no quartzo em rocha quanto em areias de quartzo. No quartzo de rocha, sua presença é mais pontual, fazendo com que sua homogeneidade seja menor do que nas areias. O teor destes minerais, em massa, pode variar de menos de 0,1% até 4 ou 5% do mesmo. Essa mudança afeta muito o desempenho dele em suas aplicações. Dentre as impurezas mais frequentes, o Fe é a que mais interfere na qualidade do material depois de processado, pois é a impureza que está mais ligada com a cor do pó (tanto o pó in-natura quanto do pó sinterizado). Um pó de quartzo com quantidade superior a 0,1% vai apresentar um aspecto menos branco, podendo ficar amarelado, róseo ou acinzentado, dependendo do mineral de ferro que o contamina. Isso tem grande relevância para as aplicações industriais. Na indústria cerâmica, estas contaminações vão provocar manchas no produto final e podem até mudar a cor dos outros corantes. O ferro também faz com que haja uma mudança na dilatação térmica das peças, podendo causar trincas ou empenamentos no vidrado formulado a partir deste quartzo. Na indústria de tintas a quantidade excessiva de ferro pode causar um aspecto estranho à coloração do produto final. Uma tinta que deveria ser branca pode perder sua alvura, contraindo um aspecto “sujo” ou não natural. Além disso, pode-se também perder a qualidade dos outros pigmentos adicionados à tinta. Deve-se entretanto ter em mente que minerais mais puros constituem um aumento de custo. Toda indústria deve buscar um ponto ideal entre qualidade e custo. A BMRC oferece pós de quartzo de vários tipos, para diferentes aplicações, todos com baixa quantidade de ferro (menos que 0,1%). Contate-nos para saber o ideal para a sua...
Leia MaisNeste post vamos falar um pouco mais sobre cargas minerais para a indústria de tintas, em específico para os primers, ou tintas primárias. Como todos já sabem, o primer é aquela primeira tinta que aplicamos em uma superfície para ser pintada, antes das demãos de tinta propriamente ditas. O primer tem várias funções, sendo as mais importantes melhorar a aderência da tinta com o substrato, manter uma compatibilidade de cor e proteger o substrato contra o desgaste. Ao pintar concreto e madeiras, também é esperado que o primer reduza a porosidade da superfície para a aplicação da tinta. Geralmente, os primers contém uma boa quantidade de cargas minerais. Essas cargas geralmente apresentam uma granulometria mais grossa do que aquelas aplicadas nas tintas, de maneira a aumentar a rugosidade do substrato após a sua aplicação. Em vista disso, minerais mais finos, como o caulim e outras argilas são muitas vezes substituídos por calcita ou pó de quartzo (por estes estarem disponíveis em granulometrias mais grossas). É muito importante também que a carga mineral a ser utilizada apresente uma boa dispersão da matriz, fazendo com que o primer fique opaco e que o mesmo não reaja com o substrato. O pó de quartzo neste sentido é muito interessante, pois ele dispersa bem a maioria das matrizes para primers, necessitando de emulsificantes apenas para as granulometrias mais grossas. A BMRC fornece o pó de quartzo em diferentes granulometrias com preços que variam de 230 à 580 reais por tonelada. Por suas características químicas, seu efeito protetor no substrato e seu custo reduzido, o quartzo acaba sendo uma das cargas minerais mais populares em...
Leia MaisNeste post vamos falar um pouco sobre a moagem de minerais não metálicos e a importância da granulometria para ampliar suas possibilidades de aplicação. A granulometria é um parâmetro muito importante para diversos tipos de indústrias. Minerais quando moídos apresentam uma série de vantagens tecnológicas. A indústria cerâmica, por exemplo, pode se aproveitar da moagem de minerais para ter pós finos capazes de diminuir o tempo de sinterização de seus produtos, reduzindo seus custos. A indústria de tintas também pode se beneficiar, uma vez que uma carga mineral mais fina dispersa melhor na maioria das bases, o que faz com que a tinta apresente uma opacidade maior quando úmida e um acabamento mais refinado quando seca. Um exemplo disso é o próprio pó de quartzo, que apresenta uma dispersão muito maior, tornando-se um ótimo opacificante para tintas quando está em suas granulometrias mais finas (em geral malha 400 e 500 da escala Tyler). Entretanto, há uma grande dificuldade em encontrar fornecedores capazes de moer os minerais nas granulometrias mais adequadas. Diversas empresas mineradoras são capazes de oferecer produtos com boa qualidade, mas concentram-se apenas na produção dos mesmos, e não em seu beneficiamento. Isso faz com que seus produtos, mesmo quando possuem custos e qualidade competitivas, não possam ser aproveitados pelas indústrias. Pensando nisso, a BMRC desenvolveu uma linha versátil de processamento e capacitou sua equipe para desenvolver soluções em moagem para os mais diferentes tipos de minerais não metálicos. Sua unidade produtiva conta com moinhos de bolas equipados com sistemas de aeroclassificação capazes de produzir pós entre 20 e 100 mícron de tamanho médio (malhas 600 e 150 na escala Tyler), de maneira barata e confiável. Com isso, é possível que as indústrias consumidoras ampliem sua gama de possíveis fornecedores e que as indústrias minerais possam atingir novos seguimentos de clientes. Se sua empresa possui algum projeto similar a isso, onde visa o aproveitamento de um mineral (ou até mesmo um rejeito) transformando-o em pó, contate nossa equipe para saber como podemos...
Leia MaisNos últimos posts temos falado bastante sobre o uso do pó de quartzo como aditivo para concreto. Falamos também sobre o que muda quando usamos o quartzo em concreto. Entretanto, ainda não falamos sobre como dosar o quartzo para obter os benefícios desejados, reduzindo a sua porosidade. Neste post vamos falar um pouco sobre isso. O dimensionamento do concreto para a redução da porosidade pode ser calculado usando diversos modelos. Os mais comuns são os modelos de Fuller e Thompson e Andreasen e Andersen, sendo este último o mais geral. Estas curvas foram obtidas por meio de um método semi-empírico e mostra qual deve ser a distribuição de tamanho das partículas ideal para se reduzir a porosidade. Ambas seguem a fórmula: Onde: P é a quantidade cumulativa de granulometrias até um determinado tamanho D; q é um coeficiente; e Dmax é o tamanho de partícula máximo usado no concreto. O modelo de Andreasen e Andersen diz que o empacotamento é máximo quando q = 0,37. Com essa equação em mãos, podemos traçar a curva ideal de empacotamento para a maioria dos tipos de concreto, dependendo do tamanho máximo de brita utilizado. Geralmente, usa-se uma brita em torno de 15 mm como tamanho máximo. Com essa brita, temos o seguinte gráfico: Analisando este gráfico, temos que ter uma porcentagem de aproximadamente 15% dos componentes do concreto menores que 0,1 mm. Para isto, podemos adicionar o quartzo moído nas granulometrias de #200 (0,075 mm) para adequar a granulometria do cimento nas partes mais finas, uma vez que o cimento apresenta uma granulometria entre 0,01 e 0,04 mm). Essa curva também nos ajuda a dimensionar a granulometria e a quantidade dos agregados maiores, geralmente na forma de areias de quartzo. A BMRC pode fornecer uma série de pós de quartzo de baixo custo com diversos tamanhos, desde 0,02 mm até 0,1 mm, além de areias...
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