Em nossos últimos posts temos falado sobre o uso de pó de quartzo fino como aditivo para concreto, visando ajustar a distribuição granulométrica de diversas formulações de concreto. Neste post vamos falar sobre os concretos de pós reativos, uma nova tecnologia que visa criar um concreto de ultra alto desempenho com estratégias bem parecidas com as que temos comentado. O concreto de pós reativos foi inventado na França, em 1990 e é aplicado em diversas estruturas mundo afora, embora no Brasil sua utilização seja muito pequena, reservada algumas obras específicas e a estudos em universidades. Esses concretos de pós reativos são muito interessantes em obras de arquitetura diferenciada por possibilitam uma gama maior de geometria nas mesmas, devido a sua resistência à compressão ir de 200 até 800 MPa, (o que é surpreendente quando comparados aos 40 a 50 MPa de um bom concreto convencional). O traço do concreto de pós reativos também é diferente. Ele, ao invés de usar agregados maiores (como britas maiores de 10 mm), usa agregados miúdos e uma quantidade significativa de sílica ativa ou outros ativos pozolânicos de maneira a unir estes agregados melhor. Areias de quartzo bastante finas e pós de quartzo com composição química controlada são exemplo dos agregados miúdos usados para aumentar a homogeneidade. As quantidades de sílica ativa somada ao pó de quartzo chegam a quase 50% da quantidade de cimento (o cimento também deve apresentar propriedades superiores, em geral usa-se cimentos CP IV ou CP V). Alguns traços também colocam outros componentes, como micro fibras metálicas para melhorar o desempenho. Devido à estas características do traço do concreto de pós reativos, é possível obter-se uma homogeneidade muito alta, com poucos espaços vazios, o que faz com que o concreto de pós reativos apresente uma plasticidade bastante elevada e uma razão água cimento baixa. Além da melhor resistência a compressão e melhor moldabilidade, estima que estas características também fazem com que a durabilidade destes tipos de concreto sejam muito maiores. A BMRC fornece pós de quartzo e areia de quartzo para diversas universidades brasileiras para que visam testar estes concretos. Vários projetos destas universidades pioneiras com nosso material são apresentados nos congressos do Ibracon todos os anos. Se tiver um...
Leia MaisEm um post recente comentamos sobre as impurezas presentes no quartzo e o efeito destas nas aplicações em tintas e cerâmicas. Não comentamos, entretanto, sobre o efeito que as impurezas (tanto nas areias de quartzo quanto nos pós de quartzo) têm sobre a qualidade do concreto onde elas são aplicadas. Este post pretende explorar um pouco mais o assunto. Como comentamos anteriormente, as areias de quartzo apresentam impurezas que vão desde 0,01% até 5% de sua composição total. Estas impurezas são em sua maior parte micas, argilas e materiais ferrosos. Sendo para as indústrias de tintas e cerâmicas, a quantidade de Fe a impureza mais crítica e controlada devido às alterações na cor do material. Já para o concreto, pouco importa a cor final do pó ou areia de quartzo na aplicação final. Se o concreto ficar mais ou menos amarelado ou avermelhado isso não vai fazer com que ele não seja usado. Entretanto, se suas propriedades mecânicas ou de durabilidade forem afetadas, aí sim haverá um problema, e existem várias impurezas capazes de afetar estas propriedades. A primeira impureza que afeta a resistência e durabilidade do concreto é a quantidade de matérias orgânicas no pó e na areia. A presença desta impureza retarda significativamente o endurecimento do concreto, uma vez que atrasa as reações químicas necessárias para sua cura. Tais impurezas, quando em decomposição, podem criar compostos que corroem a armadura e danificam a liga do concreto. Micas e argilas também tem um efeito muito negativo sobre o concreto, uma vez que são capazes de formar um coating na partícula do pó ou da areia de maneira a impedir que esta reaja com o cimento. Estes minerais também causam problemas devido a sua dilatação ser diferente à do agregado, reduzindo em muito o tempo de vida do concreto. Do ponto de vista de fornecedor de matéria-prima, a BMRC sabe que todos estes minerais podem ser eliminados e minimizados através da seleção da jazida e de seu processamento. Uma lavagem bem feita na areia reduz mais de 80% do teor de argila e de matéria orgânica. Nossa empresa fornece tanto o pó quanto a areia de quartzo específica para estas aplicações. Contate-nos para saber...
Leia MaisMuitas empresas estrangeiras vêm, nos últimos anos, entrando em contato com empresas brasileiras atrás de quartzo de alta pureza. Neste post vamos falar um pouco sobre o que é o quartzo de alta pureza e quais os seus usos. O que é o quartzo de alta pureza? Geralmente, considera-se um pó ou areia de quartzo como sendo de alta pureza quando este tem sua composição 99,97% ou mais. Isso significa que o total de impurezas presentes em uma amostra não pode ultrapassar 300 ppm. Algumas aplicações em alta tecnologia podem até precisar de pós ainda mais puros, com menos de 30 ppm de impurezas. Para identificar e quantificar estas impurezas, muitas vezes é preciso usar técnicas de análise mais sofisticadas do que as convencionalmente usadas no Brasil (a espectrometria de massa por plasma – ICP-MS – geralmente é preferível que a técnica de fluorescência de raios-X, por exemplo). Onde é usado o quartzo de alta pureza? Muitas indústrias usam este quartzo, mas quase todas ambicionam a manufatura de um tipo de vidro. Esses vidros manufaturados são os chamados “vidros de quartzo”, usados em uma diversidade de aplicações industriais. Eles podem ser usados como lentes ou tubos, pois apresentam uma grande transparência à luz ultra violeta. Os tubos de quartzo também são muito resistentes à variação térmica, fazendo com que sejam usados como vidros de caldeiras ou instrumentos científicos. A indústria de fabricação e silício fotovoltaico também é uma grande consumidora destes vidros. Cada aplicação vai precisar de um quartzo de alta pureza diferente. A indústria que usa os vidros por sua transparência, precisa de uma quantidade muito baixa de Fe e Ti, já a indústria de silício necessita de um vidro com pouco B ou Al. Onde estão as jazidas de quartzo de alta pureza? O Brasil possui muitas dessas jazidas, principalmente no eixo Minas Gerais – Bahia, no supergrupo do Espinhaço. Entretanto uma jazida com quartzo capaz de ser purificado que apresente boa homogeneidade é relativamente rara e sua produção deve ser muito cuidadosa. A BMRC desenvolve algumas jazidas com potencial de produção de quartzo de alta pureza em parceria com seus mineradores. Também desenvolvemos formas de processamento para melhorar a qualidade e homogeneidade do mineral produzido. Caso...
Leia MaisNeste post vamos falar sobre como a composição de um pó de quartzo pode afetar nas suas aplicações. Daremos uma atenção especial para as aplicações na indústria de tintas e na indústria cerâmica. O quartzo, como qualquer outro mineral, apresenta uma variação muito grande na sua composição química, dependendo de sua jazida. Tradicionalmente, as maiores quantidades de impurezas presentes no quartzo são introduzidas por outros minerais agregados a ele. Estes minerais são geralmente argilas, micas e minerais ferrosos. Eles estão presentes tanto no quartzo em rocha quanto em areias de quartzo. No quartzo de rocha, sua presença é mais pontual, fazendo com que sua homogeneidade seja menor do que nas areias. O teor destes minerais, em massa, pode variar de menos de 0,1% até 4 ou 5% do mesmo. Essa mudança afeta muito o desempenho dele em suas aplicações. Dentre as impurezas mais frequentes, o Fe é a que mais interfere na qualidade do material depois de processado, pois é a impureza que está mais ligada com a cor do pó (tanto o pó in-natura quanto do pó sinterizado). Um pó de quartzo com quantidade superior a 0,1% vai apresentar um aspecto menos branco, podendo ficar amarelado, róseo ou acinzentado, dependendo do mineral de ferro que o contamina. Isso tem grande relevância para as aplicações industriais. Na indústria cerâmica, estas contaminações vão provocar manchas no produto final e podem até mudar a cor dos outros corantes. O ferro também faz com que haja uma mudança na dilatação térmica das peças, podendo causar trincas ou empenamentos no vidrado formulado a partir deste quartzo. Na indústria de tintas a quantidade excessiva de ferro pode causar um aspecto estranho à coloração do produto final. Uma tinta que deveria ser branca pode perder sua alvura, contraindo um aspecto “sujo” ou não natural. Além disso, pode-se também perder a qualidade dos outros pigmentos adicionados à tinta. Deve-se entretanto ter em mente que minerais mais puros constituem um aumento de custo. Toda indústria deve buscar um ponto ideal entre qualidade e custo. A BMRC oferece pós de quartzo de vários tipos, para diferentes aplicações, todos com baixa quantidade de ferro (menos que 0,1%). Contate-nos para saber o ideal para a sua...
Leia MaisNeste post vamos falar um pouco mais sobre cargas minerais para a indústria de tintas, em específico para os primers, ou tintas primárias. Como todos já sabem, o primer é aquela primeira tinta que aplicamos em uma superfície para ser pintada, antes das demãos de tinta propriamente ditas. O primer tem várias funções, sendo as mais importantes melhorar a aderência da tinta com o substrato, manter uma compatibilidade de cor e proteger o substrato contra o desgaste. Ao pintar concreto e madeiras, também é esperado que o primer reduza a porosidade da superfície para a aplicação da tinta. Geralmente, os primers contém uma boa quantidade de cargas minerais. Essas cargas geralmente apresentam uma granulometria mais grossa do que aquelas aplicadas nas tintas, de maneira a aumentar a rugosidade do substrato após a sua aplicação. Em vista disso, minerais mais finos, como o caulim e outras argilas são muitas vezes substituídos por calcita ou pó de quartzo (por estes estarem disponíveis em granulometrias mais grossas). É muito importante também que a carga mineral a ser utilizada apresente uma boa dispersão da matriz, fazendo com que o primer fique opaco e que o mesmo não reaja com o substrato. O pó de quartzo neste sentido é muito interessante, pois ele dispersa bem a maioria das matrizes para primers, necessitando de emulsificantes apenas para as granulometrias mais grossas. A BMRC fornece o pó de quartzo em diferentes granulometrias com preços que variam de 230 à 580 reais por tonelada. Por suas características químicas, seu efeito protetor no substrato e seu custo reduzido, o quartzo acaba sendo uma das cargas minerais mais populares em...
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